TRABALHADOR SINDICALIZADO GANHA 33,5% MAIS, APONTA ESTUDO DE PESQUISADOR DO IPEA
Uma matéria da Revista Mundo Sindical - edição 10, distribuida em novembro de 2017, intitulada “Reformas devem aproximar mais o sindicato de sua base” – foi categória em afirmar que trabalhadores sem vínculo com seu sindicato acabam ganhando bem menos que os sindicalizados.
A matéria diz isso baseada num estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), coordenado pelo pesquisador André Gambier Campos. Esse estudo, divulgado em setembro de 2017, traduz a importância dos trabalhadores terem um sindicato forte e que os represente.
Para chegar à conclusão de que sindicalizados ganham mais, André Gambier usou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, ele descobriu que em setembro de 2015, enquanto trabalhadores não sindicalizados ganhavam, em média, R$1.675,68, os associados a sindicatos ganhavam R$ 2.237,86.
E a matéria ainda afirma: “As vantagens da sindicalização também se revelam nas remunerações indiretas, como auxílio-saúde (recebido por 36% dos sindicalizados e por 20,3% dos não sindicalizados), auxílio-alimentação (63,9% e 49,3%, respectivamente) e auxílio-transporte (54,4% e 49,1%).”
“Com a reforma trabalhista, que tornou a contribuição sindical facultativa, ganha caráter VITALa conscientização dos trabalhadores para a importância de continuarem mantendo um sindicato forte para representá-los na negciação de acordos coletivos e em outras situações que a reforma trabalhista os deixe fragilizados”, conclui a matéria.